CRIME NA
ESCOLA
Tudo
começou no dia em que as escolas de Azeitão se juntaram numa reunião de alunos.
Tudo estava calmo, mas de repente um sujeito estranho e magro começou a olhar
para um grupo de raparigas: Rute, Joana e Karla. Elas eram um grupo unido que
nunca se separavam; eram as melhores amigas.
No
dia seguinte havia reunião de pais e elas eram as únicas que estavam na escola.
Viram outra vez aquele moço que nunca tinham visto e logo ficaram a tremer de
medo. Rute e Karla, como eram as mais valentes, logo decidiram ir falar com ele.
Karla,
como o achou, começou a falar com ele e foram dar uma volta à escola. Passada
uma hora, Rute e Joana foram à procura da amiga que nunca mais chegava. Entretanto
a reunião de pais tinha acabado. Rute e Joana, aflitas, foram para perto de mãe
de Karla e disseram-lhe:
-A
sua filha desapareceu.
Desesperada
respondeu:
-Como,
como? Onde estava na última vez em que a viram?
-Não
sabemos ao certo; só nos lembramos de que ela foi dar uma volta á escola. – Não
contaram tudo para não tramar a amiga.
De
repente a mãe da Karla desmaiou e foi parar ao hospital. Quando acordou, assustada
de ver tantas caras estranhas à volta dela, deu um grito e disse que queria a
sua filha. Mas, como isso não era possível, explicaram-lhe que a filha não se
encontrava disponível, porque tinha sido raptada.
Na
segunda-feira, Rute e Joana foram para a escola, mas com medo de que aquele
sujeito voltasse a aparecer.
Quando
saíram da escola às dezoito e trinta, viram no portão aquele homem e ficaram
todas arrepiadas. Foram a correr para casa, mas o homem perseguia-as. Até que o sujeito as alcançou; tapou-lhes a
cabeça e enfiou-as dentro de um carro, que elas já não conseguiam ver.
O
carro começou a andar numa velocidade extremamente rápida. Pararam num lugar
muito estanho, onde havia um barracão enorme. Os bandidos (só então repararam
que era mais de que um sujeito) puseram-nas lá dentro e tiraram-lhes o carapuço.
Repararam que Karla estava lá, abraçaram-se e todas choraram. Até que os
sujeitos apareceram para lhes dar de comer. Aproveitaram para tratá-las mal.
Depois deram-lhes um telefone para pedirem um resgate aos pais. Os ladrões
pediram cem mil euros.
Os
pais juntaram o dinheiro e foram levá-lo à Praça da Alegria, em Sintra, em
troca das filhas. O que os raptores não sabiam era que eles (os pais) vinham
acompanhados pela polícia, que estava escondida no local.
Quando
os pais das meninas foram entregar o dinheiro, a polícia agiu. Os ladrões tentaram
escapar mas não conseguiram.
Uma
semana depois, os pais das miúdas contrataram uns detectives para descobrir a
vida daquele sujeito que tinha começado tudo. Os detetives chamavam-se Ricardo
Gonçalves e Sílvia Farinha, mais conhecidos por Gonças e Farinha.
Passado
um tempo, Gonças e Farinha descobriram que o sujeito já tinha sido preso pelo
mesmo crime de que elas tinham sido vítimas.
Os
bandidos foram julgados e foram condenados a trinta e cinco anos de cadeira.
Durante
esses anos, Rute, Karla e Joana sabiam que estavam salvas desses sujeitos.
Fim
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